Protocolo para rastreio do cancro oral na população reclusa
A DGRSP celebrou um protocolo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro que permitirá rastrear o cancro oral junto de 3.830 reclusos de 20 estabelecimentos prisionais
No âmbito de um protocolo de cooperação com a DGRSP, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) iniciou no dia 11 de fevereiro, no Estabelecimento Prisional da Carregueira, uma campanha de rastreios ao cancro oral, tendo sido, no primeiro dia, consultados 150 reclusos por médicos dentistas colaboradores da Liga.
Estes rastreios visam a identificação atempada de casos de lesões pré-malignas que afetam a cavidade oral e o seu encaminhamento para o Serviço Nacional de Saúde.
No âmbito do protocolo, serão avaliados cerca de 3.830 reclusos e reclusas, a partir dos 40 anos de idade, de 20 estabelecimentos prisionais espalhados pelo país.
O cancro oral é o sexto cancro mais comum em todo mundo, o que corresponde a 2.8% de todas as neoplasias, sendo mais prevalente nos homens acima dos 40 anos, com hábitos tabágicos e alcoólicos. O índice de mortalidade desta neoplasia é elevado já que surge de forma assintomática, sendo o diagnóstico atempado a chave do sucesso do tratamento.
O protocolo celebrado entre a DGRSP e a LPCC decorreu da realização de um projeto-piloto de rastreio ao cancro oral, recentemente promovido pela LPCC no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL).