Programa de Intervenção no Comportamento Impulsivo - Ação de formação
Teve lugar nos dias 26, 27 e 28 de novembro, na biblioteca da DGRSP em Lisboa, uma ação de formação com o apoio do CEIP, sobre o Programa de Intervenção no Comportamento Impulsivo (Impulsive Lifestyle Counselling - Thylstrup Hesse, 2017)
Programa de Intervenção no Comportamento Impulsivo
A DGRSP recebeu professores universitários da Dinamarca para ação de formação dirigida a técnicos aplicadores de programas.

Teve lugar (dias 26, 27 e 28 de novembro), nas instalações da biblioteca da DGRSP em Lisboa, uma ação de formação, com o apoio do CEIP, sobre o Programa de Intervenção no Comportamento Impulsivo (Impulsive Lifestyle Counselling - Thylstrup & Hesse, 2017).
Os autores deste Programa de Intervenção, Birgitte Thylstrup e Morten Hesse, investigadores na Universidade dinamarquesa de Aarhus, foram os dinamizadores desta ação de formação, na qual participaram profissionais da DGRSP que exercem funções em várias áreas da DGRSP como as penas e medidas na comunidade, penas e medidas privativas de liberdade e justiça juvenil (comunidade e centros educativos).
Esta ação corresponde à primeira fase do processo para a eventual adoção deste Programa de intervenção pela DGRSP. Seguir-se-á, durante o no de 2025, a segunda fase de teste piloto da eficiência deste programa nas U.O. a que se destina. Caso os resultados observados sejam satisfatórios seguir-se-á a terceira fase de disseminação deste programa, tornando-o cessível a todos os técnicos de reinserção/reeducação gestores de caso.
Este programa, para além de ter como todos os outros o objetivo da redução da reincidência criminal, está muito focado na facilitação do trabalho dos técnicos no terreno, quando lidam com utentes portadores de características de personalidade antissocial como é o caso da impulsividade, numa perspetiva de intervenção breve e individual.
Trata-se de um programa adequado para indivíduos com este tipo problemática antissocial e impulsiva e trabalha as dimensões que o modelo RNR nos diz serem, para além da dimensão estática da história criminal, as outras três das quatro grandes dimensões influenciadoras do comportamento criminal: i) padrão de personalidade antissocial; ii) atitudes pró-criminais e iii) pares pró-criminais.
Além disso, é um programa muito flexível e versátil, podendo, por exemplo, nas medidas privativas de liberdade ser aplicado no início da pena para melhorar a adaptação à prisão, permitindo, todavia, ser aplicado em qualquer fase da pena para prevenir ou diminuir procedimentos disciplinares e castigos, podendo ainda ser aplicado antes da libertação para preparar o período de liberdade condicional.
Nas medidas não privativas de liberdade pode ser aplicado, por exemplo, para melhorar a relação dos indivíduos com as suas famílias, com os seus empregadores, para os ajudar a escolher melhor as suas relações sociais, para se envolverem mais adequadamente com outras instituições de tratamento, etc. Outra caraterística útil deste programa é poder ajudar os indivíduos mais “desmotivados” e ou “resistentes” a se prepararem para entrarem posteriormente em Programas de Intervenção de grupo, mais intensivos e mais longos.