Castelo de S. Jorge recebeu exposição de produtos feitos por reclusos

A Direção Geral Geral de Reinserção e Serviços Prisionais promoveu, na Sala Ogival do Castelo de S. Jorge, entre os dias 17 e 30 de dezembro de 2019, a Exposição “Artes e Ofícios no Trabalho Prisional e Correcional” e entre os dias 17 e 23 de dezembro de 2019 a sua Mostra e Venda de produtos com origem nos estabelecimentos prisionais.

A inauguração da exposição / venda, que contou com a aturação do Grupo Coral do Cante Alentejano do Estabelecimento Prisional de Beja, teve lugar pelas 15h30 de dia 17 de dezembro e foi presidida pela Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

A exposição mostrou as várias atividades e os diversos espaços oficinais existentes, ao longo dos tempos, nos centros educativos e nos estabelecimentos prisionais: oficinas de sapataria, alfaiataria, marcenaria, tipografia, serralharia, cerâmica, bordados, desenho artístico e atividades agropecuárias. Recorrendo a fotografias, instrumentos, utensílios e peças elaboradas no âmbito do trabalho técnico-profissional, procurou-se convocar memórias de vivências e de espaços, testemunhos em alguns casos centenários, que ajudam ao entendimento da história e da identidade desta instituição. 

O Trabalho e a Atividade Ocupacional dos Reclusos, pela relevância que tem na formação e reinserção social dos reclusos(as) e no seu potencial capacitador, quer no desenvolvimento de competências em contexto real de trabalho quer na empregabilidade após a libertação, constituem-se como importante fator de proteção na prevenção da reincidência criminal. 

Os estabelecimentos prisionais promovem e desenvolvem atividades económicas, rentabilizando, em simultâneo, o património e os equipamentos existentes e criando atividades laborais que se constituem como opções e oportunidades de trabalho remunerado para os reclusos.

A Mostra e Venda de Natal DGRSP/2019 tentou refletir o que de melhor se faz no âmbito das principais atividades económicas existentes nos estabelecimentos prisionais. 

Destaque para a atividade agroalimentar – azeite biológico extra virgem proveniente do EP Izeda, vinhos branco, tinto e rosé produzidos nos EP de Alcoentre, de Leiria (jovens) e de Pinheiro da Cruz, mel do EP de Pinheiro da Cruz, bolos do EP do Porto, tisanas, aromáticas condimentares, mixes de ervas para tempero de alimentos do EP de Setúbal.

A Mostra e Venda de Natal ficaria muito incompleta se não acolhesse produtos que ilustram algumas das atividades de natureza oficinal desenvolvidas nos estabelecimentos prisionais, de produtos tradicionais como seja a manufatura e o restauro de tapetes de Arraiolos de ponto fino executados pelas reclusas do EP de Tires, ou com recurso a técnicas ancestrais como seja o restauro de mobiliário, o empalhamento com palhinha vegetal de cadeiras, a estofaria de mobiliário e o restauro e a encadernação de livros, tudo feito por reclusos do EP de Coimbra.

De entre os inúmeros produtos produzidos nos Estabelecimentos Prisionais, incluindo artesanato e de que a Mostra dará conta, foram colocados à disposição dos compradores:

• nozes do EP de Izeda (sacos de 1kg. e de 3 Kg.)
• vinhos dos EP de Alcoentre e de Leiria (jovens) (garrafas e boxes)
• caixas de madeira para oferta do vinho fabricadas pelos jovens do EP de Leiria (jovens)
• azeite do EP de Izeda (garrafões de 5 l)
• mel e vinho branco do EP de Pinheiro da Cruz 
• tisanas, aromáticas condimentares, mixes de ervas para tempero de carne e peixe e abóboras do EP de Setúbal
• bolos secos do EP do Porto
• tapetes de arraiolos do EP de Tires
• saquinhos em estopa com bordado de arraiolos/ponto cruz, feitos no EP de Tires
• artesanato proveniente de EP (caixas do EP de Coimbra, presépios e taças do EP de Sintra) 
• casinhas para cães e gatos fabricadas no EP de Silves
• mobiliário para brincadeiras de criança fabricado no EP de Coimbra
• artefactos em madeira do EP de Paços de Ferreira
• cerâmicas fabricadas no EP de Caxias (apenas para exposição)